segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Abertura do Nivea Viva o Samba empolga e emociona no Rio de JaneiroMartinho da Vila, Alcione, Roberta Sá e Diogo Nogueira se apresentam no Recife em abril, no Dona Lindu

AD Luna - Diarios Associados

Publicação: 19/02/2014 10:26 Atualização: 19/02/2014 17:14




Diogo Nogueira, Alcione, Roberta Sá e Martinho da Vila cantaram durante quase duas horas. Foto: Leo Aversa/Reprodução


"Samba é mais que música, ele faz parte da nossa vida. A gente conversa por meio dele". Ditas na noite desta terça-feira (18), no palco do Vivo Rio, as palavras do cantor Diogo Nogueira sintetizam o papel que esse ritmo representa para o povo brasileiro: uma crônica musicada de costumes, dores e alegrias. Ele, Alcione, Roberta Sá e Martinho da Vila empolgaram e emocionaram os convidados que lotaram a casa de espetáculos carioca. O show marcou a abertura da temporada 2014 do projeto Nivea Viva, que este ano homenageia esse brasileiríssimo estilo musical. O Recife recebe o evento no dia 13 de abril, às 17h30, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem.

Durante quase duas horas, os artistas interpretaram, ora individualmente ora em conjunto, clássicos como A voz do morro (Zé Keti), Não deixe o samba morrer (Edson e Aloisio), Mulheres (Toninho Gerais), O mundo é um moinho (Cartola), Sou eu (Ivan Lins e Chico Buarque), O que é o que é (Gonzaguinha), Casa de bamba (Martinho da Vila), Feitiço da vila (Noel Rosa e Vadico), entre outros, num total de 27 marcantes canções da nossa música.

O quarteto foi acompanhado por uma coesa e competente banda formada por 19 músicos, todos elegantemente vestidos de preto. Na verdade, poderíamos chamá-la de orquestra mesmo com suas cordas dedilhadas (cavaquinho, violão), baixo elétrico, bateria, vocalistas de apoio, teclados, metais (trompete, sax e flauta), percussão (surdo, caixa e pandeiro) e até uma seção de instrumentos eruditos (dois violinos, uma viola e um violoncelo). De certa forma, todo esse aparato instrumental retrata a evolução e o nível de elaboração e lapidamento pelo qual o estilo passou durante seus quase 100 anos de vida (a serem completados em 2016).


Artistas como Roberta Sá também interpretaram clássicos individualmente. Foto: Leo Aversa/Reprodução

Um telão instalado ao fundo do palco exibia imagens produzidas recentemente com pessoas de diferentes faixas etárias sambando com destreza e graça. A plateia vibrava com os passistas. Em outros momentos do espetáculo, a tela era preenchida com gravações antigas e em preto e branco de festas, encontros em bares e ensaios de escolas de samba. O figurino dos cantores completava o espetáculo visual. "Rildo Hora (compositor nascido em Caruaru) já dizia que o samba quer ser visto como uma coisa rica e luxuosa", comentou a muito simpática Roberta Sá, já no pós-show em seu camarim, ainda trajando um bonito vestido azul e branco que cobriu seu esbelto corpo durante o espetáculo.

Com direção de Monique Gardenberg e Alceu Maia, com curadoria do jornalista Hugo Sukman, o Nivea Viva o Samba é montado em cima de canções que expressam a riqueza de temas encontrados em composições criadas há décadas em sua maioria. Nessas letras, podemos ouvir histórias sobre o cotidiano de comunidades, exaltação a grandes amores, tentativas de cicatrizar feridas, críticas sociais, religiosidade e até questões existenciais (o que estamos fazendo neste mundo, qual o sentido da vida, o que é felicidade).

Um porém: como a projeto visa exaltar o samba como um todo, teria sido interessante acrescentar canções de autores ligados a tradições de outros estados a exemplo de Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini e Geraldo Filme - mestres do samba paulista.

O repórter viajou a convite da produção do projeto

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2014/02/19/internas_viver,490264/abertura-do-nivea-viva-o-samba-empolga-e-emociona-no-rio-de-janeiro.shtml

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