De acordo com a coordenadora geral do projeto Promovendo Infância, Rafaela Pontes, o objetivo é trazer visibilidade ao trabalho infantil, que passa, muitas vezes, desapercebido pela população. “Há uma naturalização do problema. Queremos romper esse ato que é tão comum e que as pessoas não enxergam como violação dos Direitos Humanos. Temos que querer para todas as crianças o que queremos para os nossos filhos”, afirmou.
Este é a segunda pedalada promovida pela ONG. “O primeiro foi relacionado à saúde de mais qualidade e agora escolhemos este tema porque já realizávamos ações sobre esse tema no Recife e no Sertão de Alagoas”, acrescentou.
Antes do passeio, os participantes se concentraram, às 14h, no Parque Dona Lindu, onde houve apresentações do grupo de percussão de Chão de Estrelas, de dança, do bairro de Nova Descoberta, e de capoeira. Em seguida os ciclistas seguiram pela Avenida Boa Viagem, até o 2º Jardim, retornando pela Domingos Ferreira, Visconde de Jequitinhonha, Rua João Cardoso Aires e finalizando de volta ao parque.
A educadora Adriana Pontes, 47 anos, trouxe o filho, Ismael, 8, para reforçar a luta. “Quero que ele abrace a causa desde pequeno. Toda criança tem direito de brincar, estudar e só deve exercer um trabalho quando chegar na fase adulta, do amadurecimento. Espero que as pessoas e pais se conscientizem de que não devem usar as crianças em favor deles próprios”, disse Adriana.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, a região Nordeste concentrava 35% das crianças e dos adolescentes que exerciam um trabalho. Há quatro anos no Brasil, estima-se que 3,5 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, trabalhavam, de acordo com uma Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2014/07/26/interna_vidaurbana,518518/pedalada-contra-o-trabalho-infantil-ganha-ruas-de-boa-viagem.shtml (grifo nosso)
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