Edição deste ano não tem um tema definido, mas se aproxima de assuntos atuais variados
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| Apesar de ter concorrido ao Oscar, “Anomalisa” não entrou em cartaz nos cinemasFoto: Paramount Pictures/Divulgação |
Começa nesta terça-feira (22) a sétima edição do Animage - Festival Internacional de Animação de Pernambuco, evento que reúne 182 curtas e sete longas-metragens, filmes que ressaltam as técnicas, os estilos e as temáticas diversas da animação contemporânea mundial. O festival, que ocorre em nove lugares - Caixa Cultural Recife, Cinema do Museu, São Luiz, Aliança Francesa, Praça da Várzea, Parque Dona Lindu, Morro da Conceição, Hospitais IMIP e Agamenon Magalhães -, apresenta filmes em mostras competitivas e especiais.
A edição deste ano não tem um tema definido, mas se aproxima de assuntos atuais variados. “Os filmes do festival mostram que a animação, como qualquer outra arte, está conectada com as principais inquietações políticas e sociais do mundo”, sugere Júlio Cavani, jornalista e curador do evento. “Há temas como a busca pelo protagonismo da mulher, urbanismo, política internacional, cultura do ódio”, detalha Cavani, que trabalhou com os artistas Daaniel Araújo e Mayra Melo para montar a programação geral.
“O medo dos mulçumanos está no filme de abertura: ‘Window Horses’. Essa associação negativa não corresponde, foi gerada por interesses específicos, como o terrorismo, enquanto existe toda uma riqueza nessa cultura. É um filme que tem muito a oferecer e a emocionar. Um filme que traz uma mensagem de paz e respeito”, ressalta Julio, destacando o longa dirigido por Ann Marie Fleming, inédito no Brasil, que será exibido hoje, às 19h, no Cinema São Luiz, na abertura do evento.
Os longas desta edição representam diferentes perspectivas de animação. “Neste ano o Animage tenta atualizar o público com o que está sendo produzido no cinema de animação. É raro aqui no Recife ver nos cinemas longas de animação adultos de países que não sejam os Estados Unidos”, lembra Cavani. “Dois dos longas deste ano concorreram ao Oscar, ‘Anomalisa’ e ‘Canção do Oceano’, e mesmo com essa vitrine não entraram em cartaz. Esses filmes foram feitos para serem vistos no cinema. Se não fosse o festival o público não veria no cinema”, diz.
A diversidade dos temas desta edição foi uma das percepções da curadoria. “Neste ano, a diversidade é mais forte do que a unidade. Acho que os filmes refletem questões que estão na sociedade contemporânea como um todo. Mas também há filmes que são simplesmente brincadeiras, filmes de animação abstratos, que não tem personagens ou objetos definidos, tem filmes escrachados e cartunescos”, detalha.
Erotismo
Entre as novidades deste ano está a Mostra Especial Erótica. “Foi uma discussão coletiva. Foi uma forma do Animage contemplar uma discussão que está crescendo na sociedade como um todo e especificamente no meio audiovisual”, diz Cavani. “Se na produção de cinema a participação da mulher já é pequena em comparação com a do homem, de maneira altamente questionável e errada, na produção de filmes eróticos essa desigualdade é ainda maior”, ressalta.
“É raro ver uma produção erótica assinada por uma mulher. A maioria da cultura erótica é feita por homens e direcionada para homens. Nesta mostra, todos os filmes são feitos por mulheres. Há filmes delicados e também escrachados. Olhares e estilos diversificados. Não necessariamente voltados para mulheres, e sim para todos os públicos “, opina Júlio.
Parques
Este ano o Animage repete uma ideia de edições anteriores: a exibição ao ar livre. “A mostra irá ocorrer no Morro da Conceição, na Várzea e no Parque Dona Lindu. Como o perfil do público é imprevisível, um público heterogêneo, de criança a adulto, a gente tentou fazer uma coleção que serve para todas as idades”, explica Cavani.
“O medo dos mulçumanos está no filme de abertura: ‘Window Horses’. Essa associação negativa não corresponde, foi gerada por interesses específicos, como o terrorismo, enquanto existe toda uma riqueza nessa cultura. É um filme que tem muito a oferecer e a emocionar. Um filme que traz uma mensagem de paz e respeito”, ressalta Julio, destacando o longa dirigido por Ann Marie Fleming, inédito no Brasil, que será exibido hoje, às 19h, no Cinema São Luiz, na abertura do evento.
Os longas desta edição representam diferentes perspectivas de animação. “Neste ano o Animage tenta atualizar o público com o que está sendo produzido no cinema de animação. É raro aqui no Recife ver nos cinemas longas de animação adultos de países que não sejam os Estados Unidos”, lembra Cavani. “Dois dos longas deste ano concorreram ao Oscar, ‘Anomalisa’ e ‘Canção do Oceano’, e mesmo com essa vitrine não entraram em cartaz. Esses filmes foram feitos para serem vistos no cinema. Se não fosse o festival o público não veria no cinema”, diz.
A diversidade dos temas desta edição foi uma das percepções da curadoria. “Neste ano, a diversidade é mais forte do que a unidade. Acho que os filmes refletem questões que estão na sociedade contemporânea como um todo. Mas também há filmes que são simplesmente brincadeiras, filmes de animação abstratos, que não tem personagens ou objetos definidos, tem filmes escrachados e cartunescos”, detalha.
Erotismo
Entre as novidades deste ano está a Mostra Especial Erótica. “Foi uma discussão coletiva. Foi uma forma do Animage contemplar uma discussão que está crescendo na sociedade como um todo e especificamente no meio audiovisual”, diz Cavani. “Se na produção de cinema a participação da mulher já é pequena em comparação com a do homem, de maneira altamente questionável e errada, na produção de filmes eróticos essa desigualdade é ainda maior”, ressalta.
“É raro ver uma produção erótica assinada por uma mulher. A maioria da cultura erótica é feita por homens e direcionada para homens. Nesta mostra, todos os filmes são feitos por mulheres. Há filmes delicados e também escrachados. Olhares e estilos diversificados. Não necessariamente voltados para mulheres, e sim para todos os públicos “, opina Júlio.
Parques
Este ano o Animage repete uma ideia de edições anteriores: a exibição ao ar livre. “A mostra irá ocorrer no Morro da Conceição, na Várzea e no Parque Dona Lindu. Como o perfil do público é imprevisível, um público heterogêneo, de criança a adulto, a gente tentou fazer uma coleção que serve para todas as idades”, explica Cavani.
Fonte: http://www.folhape.com.br/diversao/diversao/diversao/2016/11/22/NWS,7243,71,552,DIVERSAO,2330-FESTIVAL-ANIMAGE-COMECA-NESTA-TERCA-FEIRA-COM-EXIBICAO-ANIMACAO.aspx
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