Torcedores foram às ruas no Recife acompanhar estreia do Brasil
Telões foram espalhados em vários pontos da cidade. Houve concentração no Dona Lindu, Sítio da Trindade e Praça do Arsenal.
Katherine CoutinhoDo G1 PE
Telão montado em parque da Zona Sul foi um dos pontos que reuniu famílias (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Neste sábado (15), famílias inteiras foram para as ruas acompanhar o jogo Brasil x Japão pela Copa das Confederações, nos telões instalados nos polos juninos da capital pernambucana. O Sítio da Trindade, na Zona Norte, o Parque Dona Lindu, na Zona Sul, a Praça do Arsenal da Marinha, na região central do Recife, e São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana e onde fica a Arena PE, tiveram transmissão dos jogos e torcida.
Na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, o telão foi montado em frente à Torre Malakoff. As pessoas aproveitaram os bancos da praça para assistir ao jogo ou aproveitaram o chão mesmo. Algumas pessoas que trabalhavam deram uma parada para acompanhar a partida.
Já de olho nos shows da noite, o casal Nilton Macedo e Paula Francinete chegaram cedo ao Sítio da Trindade, vestidos de verde e amarelo. “Tem que vir no clima”, defende Paula. “É bom que você já fica para os shows da noite. Viemos ontem [sexta] prestigiar as quadrilhas e soubemos que ia ter o telão aqui”, lembra Nilton.
Sítio da Trindade também teve transmissão do jogo.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)
Fã da programação junina, Girlealdo Silva e a esposa, Daniele, tiraram do armário a camisa da Copa passada para assistir ao jogo no Sítio da Trindade e se surpreenderam com o gol logo nos primeiros minutos. “Eu não vou deixar de usá-la”, avisa Daniele.
A estudante Juliana Santos já acreditava logo em um gol, tanto que quase apostou com o namorado, José Braz. “A gente estava discutindo antes para saber de quem seria o primeiro gol”, conta Braz, que acreditava que o primeiro seria de Fred. “A gente adora futebol, se me dissessem que tenho que trabalhar no jogo da seleção, eu tentaria negociar com o chefe. Sou do tipo que quase roe as unhas”, admite Juliana.
Mostrando que paixão pelo país se ensina desde bebê, a analista de segurança Mirlley Mendonça não pensou duas vezes antes de tirar a camisa amarela do armário e vestir os filhos Cauã, de dez meses, e Caio, de dez anos, com as cores da bandeira nacional para assistir ao jogo no Parque Dona Lindu. “Para assistir ao jogo, tem que estar com as cores. Isso é amor ao Brasil, fiquei a semana toda torcendo para parar de chover”, conta Mirlley.
Camisa autografada da Copa de 1998 é amuleto da família Vinhais (Foto: Katherine Coutinho/G1)
O técnico em perfuração de poços Sérgio Vinhais tirou do armário a caminha de estimação, da Copa de 1998, para assistir ao jogo com toda a família. A camisa foi autografada por Pato e Mano Menezes, entre outros, em uma partida em 2010 nos Estados Unidos. “Eu não estava lá por causa do jogo, mas aproveitei para ir. Foi quando consegui as assinaturas. O sobrinho da minha esposa já tinha ligado essa semana perguntando se eu ia assistir o jogo com a camisa. É lógico que ia”, explica Vinhais.
O casal Marcelo Bastos e Caroliny Carvalho, além das camisas amarelas, não deixaram de lado a corneta para assistir o jogo. “Ainda bem que parou de chover, a gente queria ver aqui na beira da praia”, diz Marcelo. Com a bandeira nas costas, o estudante Aziel Cavalcanti também vibrou a cada minuto da partida. “Eu com certeza vou voltar e com a bandeira”, afirma Aziel.
Flávio, Conceição e Paula Ângela Marques estavam de amarelo para mandar energias positivas. (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Os irmãos Flávio, Conceição e Paula Ângela Marques fizeram uma corrente de pensamento positivo para a seleção. “Somos um pequeno sistema familiar conectado ao sistema maior, que é a família brasileira. Temos quer torcer todos juntos mesmo, como uma família, mandar energia positiva através do amarelo”, ensina Paula Ângela. “O amarelo é a assinatura do Brasil”, defende Flávio. E foi quando o Brasil fez o gol nos últimos segundos de jogo, que o trio foi ao delírio. "Eu disse, dá certo", comemorava Conceição.
Já as amigas e enfermeiras Fátima Magalhães e Kelly Barros preferiram o azul, cor que vão repetir nos próximos jogos da seleção. “Já que ganhamos, é bom repetir, né? Não deixar a sorte fugir”, brinca Kelly. “Eu achei que teria mais gente aqui no Dona Lindu, precisava de mais divulgação. Pouca gente sabia que tinha isso aqui”, reclamou Fátima.
Com sinalização ou não, o motorista José Castor já sabe que o próximo jogo vai assistir em grupo também. "O patriotismo está no sangue de todo brasileiro, a gente tem mais é que torcer todo mundo junto", defende Castor.
Em São Lourenço da Mata, a festa também foi marcada pelas tradicionais camisas amarelas. A arquibacada no pátio de eventos no centro da cidade ficou repleta de torcedores. O show da banda Cheiro de Amor fecha a noite com muita animação.
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